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São Paulo Monitora 398 Casos de Mpox em 2024 com Nova Metodologia de Detecção

Cidade de São Paulo implementa novos métodos para detectar variantes mais graves da doença, sem óbitos registrados em 2024.

A cidade de São Paulo registrou 398 casos confirmados de mpox entre janeiro e 19 de setembro de 2024, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde divulgado nesta terça-feira (24/9). Entre os dias 12 e 19 de setembro, 32 novos casos foram confirmados, sem que nenhum óbito tenha sido registrado no período.

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Monitoramento e Comparação com Anos Anteriores

Desde o início do ano, o estado de São Paulo registrou 637 casos da doença. Apesar do número considerável de casos, a situação se mostra controlada, sobretudo quando comparada ao pico registrado em 2022, quando houve 4.129 casos confirmados. No histórico geral, desde janeiro de 2022, o estado registrou 5.074 casos e 3 óbitos.

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A nova variante da mpox, conhecida como Clado 1b, considerada mais grave, ainda não foi detectada no estado. Essa variante tem gerado atenção por sua letalidade, especialmente em regiões endêmicas.

Nova Metodologia para Detecção da Mpox

Para intensificar o controle da mpox, a Secretaria Estadual da Saúde implementou, a partir de 12 de setembro, uma nova técnica de detecção precoce por meio do PCR em tempo real. O método foi desenvolvido pelo Instituto Adolfo Lutz e permite identificar de forma rápida a variante Clado 1b do vírus causador da mpox.

Segundo Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria, o instituto foi pioneiro na adoção dessa tecnologia no Brasil. A metodologia facilita a detecção, principalmente entre viajantes que retornam de áreas endêmicas, onde o vírus circula com mais intensidade. “Esse método oferece resultados rápidos e precisos, especialmente para casos suspeitos, e tem grande importância diante da gravidade do Clado 1b”, afirma Regiane.

Ela também destacou que, embora o sequenciamento genético completo seja mais caro e demorado, é fundamental para entender o comportamento das variantes do vírus.

Redução dos Casos e Perspectivas Futuras

Os números de 2024 mostram uma significativa queda em comparação ao pico de 2022, algo que os especialistas atribuem à vigilância contínua e às campanhas de conscientização sobre a mpox. O estado de São Paulo segue atento à evolução da doença, principalmente com a introdução de novos métodos de diagnóstico que podem acelerar o tratamento de variantes mais perigosas.

A identificação rápida da nova variante Clado 1b pode ser decisiva para evitar surtos de maior gravidade. O Instituto Adolfo Lutz desempenha um papel crucial ao liderar a adoção dessas novas metodologias de teste, colocando o estado de São Paulo na linha de frente no combate à doença.

Com a implementação de novas metodologias de detecção e uma diminuição significativa no número de casos em relação a 2022, o controle da mpox em São Paulo se mostra eficiente até o momento. A ausência de óbitos em 2024 e a prontidão das autoridades em monitorar novas variantes como o Clado 1b demonstram a eficácia das ações de saúde pública no enfrentamento da doença.

Fonte:
Boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (24/9/2024).

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