5 Mitos e Verdades sobre o Uso de Óleos na Culinária
Vamos entender mitos e verdades. Os influenciadores da saúde estão sempre falando sobre óleos de cozinha, seus benefícios e perigos, que devemos cozinhar apenas com certos tipos de óleos e proibir os outros completamente.
O uso de óleos na cozinha é cercado por uma série de mitos e informações distorcidas. A ideia de que “azeite de oliva não é bom para cozinhar” ou “óleo de coco é a melhor opção” são apenas algumas das crenças que circulam entre pessoas interessadas em saúde e nutrição. Vamos explorar os principais mitos e verdades com base em evidências científicas.
Mito nº 1: É ruim cozinhar com azeite de oliva
O azeite de oliva extravirgem é amplamente reconhecido por seus benefícios para a saúde, principalmente na prevenção de doenças cardiovasculares. No entanto, muitas pessoas acreditam que ele não deve ser usado para cozinhar devido ao seu baixo ponto de fumaça. A verdade é que, embora o azeite tenha um ponto de fumaça mais baixo em comparação com outros óleos, isso não significa que ele se degrade de forma prejudicial. Estudos indicam que ele permanece estável e seguro mesmo em frituras de 2 a 3 horas.
O azeite de oliva é seguro para cozinhar, e sua conversão em gordura saturada ao ser aquecido é um mito.
Mito nº 2: Azeite mais caro é mais saudável
Outro mito comum é que azeites de oliva mais caros são automaticamente melhores para a saúde. Na realidade, o preço muitas vezes reflete apenas o marketing ou a região de origem, e não a qualidade nutricional. O que realmente importa é a data de colheita e o armazenamento adequado para evitar oxidação, já que a luz e o oxigênio podem deteriorar o azeite.
O preço não determina a qualidade do azeite. Fique atento à data de envasamento e ao armazenamento adequado.
Mito nº 3: Óleos que não sejam de oliva não são saudáveis
Óleos de sementes, como os de canola, são frequentemente demonizados por influenciadores online. Entretanto, apesar de serem refinados e perderem alguns compostos benéficos no processo, esses óleos ainda contêm gorduras monoinsaturadas que podem ser boas para a saúde. O maior problema ocorre quando os óleos são reutilizados em excesso, especialmente em restaurantes, onde essa prática pode gerar compostos prejudiciais.
Óleos de sementes, como canola, podem ser saudáveis, desde que usados moderadamente e não reutilizados excessivamente.
Mito nº 4: Óleo de coco é a melhor opção
O óleo de coco tem ganhado popularidade como uma alternativa saudável, mas poucas pesquisas sustentam essa afirmação. Rico em gorduras saturadas, ele pode aumentar os níveis de colesterol LDL, semelhante à manteiga ou banha de porco. Embora algumas alegações sobre o óleo de coco sejam exageradas, como seu uso para “combater bactérias bucais”, é importante consumi-lo com moderação.
O óleo de coco deve ser consumido com cautela, pois é rico em gorduras saturadas que podem ser prejudiciais.
Mito nº 5: Banha de porco é mais saudável
Substituir gorduras saturadas por poli-insaturadas, como as presentes no azeite de oliva, é recomendado por instituições de saúde como a Organização Mundial da Saúde (OMS). A banha de porco é rica em gorduras saturadas, que podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando consumidas em excesso. Além disso, muitos alimentos processados já contêm grandes quantidades de gorduras saturadas.
O uso de banha de porco deve ser limitado, com foco em uma dieta equilibrada e baseada em gorduras saudáveis.
Considerações Finais
O mais importante quando se trata de óleos na culinária é o equilíbrio e a moderação. Não é necessário eliminar completamente nenhum tipo de óleo, mas sim entender como usá-los de maneira consciente e dentro de uma dieta saudável.