Maya Massafera e a Polêmica da Magreza: Moda, Padrões Estéticos e a Visão da Influenciadora
Uma discussão sobre corpo, elite da moda e percepções culturais
A influenciadora digital e apresentadora Maya Massafera chamou a atenção nas redes sociais ao responder críticas sobre seu corpo. Em uma série de vídeos publicados no último domingo (24), ela explicou que se sente bem com seu físico atual e que a magreza é um padrão admirado por aqueles que têm conhecimento profundo de moda.
Maya afirmou que, em determinados círculos sociais, principalmente entre pessoas ricas e francesas, a magreza é vista como um sinônimo de sofisticação e elegância. Segundo ela, essa visão foi reforçada durante seus estudos em uma conceituada faculdade de moda na Itália. Mas essa fala gerou debate: por que a magreza é tão valorizada no mundo da moda? Como os padrões estéticos diferem entre classes sociais e culturas?
Moda e Magreza: Uma Relação Histórica
A valorização da magreza na moda não é algo recente. Desde os anos 1960, modelos extremamente magras dominaram passarelas e campanhas publicitárias, popularizando um ideal de corpo esguio e andrógino. Isso se intensificou com a chegada da era das supermodelos, na década de 1990, e continua influenciando as tendências até hoje.
O motivo? Além da questão estética, estilistas muitas vezes preferem corpos magros porque as roupas caem de maneira mais uniforme e estruturada, funcionando quase como uma “tela em branco” para exibir suas criações. Esse conceito se tornou sinônimo de sofisticação, especialmente nas grandes capitais da moda, como Paris e Milão.
No entanto, essa idealização da magreza já foi questionada diversas vezes. Campanhas e movimentos têm buscado uma moda mais inclusiva, valorizando diferentes tipos de corpos e incentivando o debate sobre saúde mental, autoestima e transtornos alimentares.
Percepções Diferentes: Cultura e Classe Social
Outro ponto levantado por Maya Massafera é como diferentes classes sociais e culturas percebem a magreza. Segundo a influenciadora, para a elite da moda e para pessoas ricas, um corpo magro é desejado, enquanto pessoas de camadas mais populares tendem a ver a magreza como algo extremo.
Essa distinção faz sentido quando analisamos padrões de beleza ao longo da história. Em várias épocas, corpos mais cheios eram símbolo de riqueza e status, pois significavam acesso a alimentação abundante e luxo. Com a modernização e globalização, esse conceito mudou e, para algumas camadas sociais, manter-se extremamente magro passou a ser um sinônimo de status, autocontrole e privilégio.
Já em outras realidades culturais, corpos mais curvilíneos são valorizados, especialmente em países da América Latina, África e algumas partes da Ásia, onde a magreza extrema não é vista como um padrão ideal de beleza.
O Impacto da Influência Digital e a Responsabilidade Social
Como figura pública e influenciadora digital, Maya Massafera tem grande alcance nas redes sociais. Suas falas, portanto, geram impacto e influenciam seus seguidores, tanto de forma positiva quanto negativa. O debate sobre padrões estéticos é sempre sensível, pois envolve questões como autoestima, transtornos alimentares e aceitação do próprio corpo.
Diversas celebridades e ativistas da moda vêm promovendo uma visão mais equilibrada da beleza, buscando incluir diferentes tipos de corpos nas campanhas e desfiles. Esse movimento já gerou mudanças significativas no setor, com marcas adotando modelos plus size, incentivando a diversidade e rompendo com a ideia de que apenas um tipo de corpo pode ser considerado bonito.
No entanto, o padrão da magreza continua sendo um ideal para muitas pessoas, principalmente dentro do círculo da alta moda. A fala de Maya Massafera apenas reforça essa realidade, ainda que ela tenha expressado sua visão pessoal sobre o assunto.
Conclusão
A polêmica envolvendo Maya Massafera reflete um debate maior sobre padrões de beleza, moda e percepções culturais. Enquanto para alguns grupos sociais a magreza extrema é um ideal sofisticado, para outros pode parecer excessiva e preocupante.
O mais importante nessa discussão é entender que beleza é subjetiva e que diferentes corpos devem ser respeitados e valorizados. O mundo da moda está em constante evolução, e a inclusão de diversos tipos físicos pode ser um caminho para um ambiente mais saudável e acessível para todos.