Conheça o anticoncepcional masculino, que deve ser lançado em 10 anos
Os medicamentos anticoncepcionais femininos dividem opiniões por causa de efeitos colaterais a longo prazo, mas em cerca de 10 anos o cenário deve mudar. O anticoncepcional masculino já está em desenvolvimento e vem tendo desempenho muito bom em vários testes. A expectativa dos pesquisadores é colocar essa opção no mercado em cerca de uma década.
A droga em questão, por enquanto denominada 11-beta-MNTDC, se mostrou eficaz em um teste com 30 homens, diminuindo consideravelmente a quantidade de espermatozoides produzidos. O medicamento acaba funcionando como um repositor hormonal, imitando a testosterona em alguns aspectos, mas sem colaborar na fertilidade.
Outro ponto importante do anticoncepcional masculino é que ele não causa alteração na libido, ou seja, no desempenho sexual de quem for utilizar o medicamento, ao contrário do que acontece com os anticoncepcionais femininos comuns. O DMAU, droga pesquisada no passado com a mesma intenção, causava diminuição da libido no homem, portanto, parece que a pesquisa encontrou a solução para um dos maiores entraves da questão.
“Nossos resultados sugerem que essa pílula, que combina duas atividades hormonais em uma, diminuirá a produção de esperma enquanto preserva a libido”, conclui a pesquisadora Christina Wang, do Instituto de Pesquisa Biomédica de Los Angeles e do Centro Médico Harbor UCLA. Ela também espera que o anticoncepcional masculino esteja disponível no mercado, assim como a versão feminina, até 2029, ou seja, em aproximadamente 10 anos.
O anticoncepcional feminino está disponível no mercado desde a década de 60 e se por um lado ele representou um grande avanço na autonomia feminina, possibilitando que as mulheres tivessem mais controle sobre seus corpos e sua vida sexual, por outro lado o medicamento trouxe uma série de problemas e questões.
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Acontece que na época do lançamento do produto muito pouco foi esclarecido a respeito de seus efeitos e as primeiras versões das pílulas eram verdadeiras bombas hormonais, que resultavam em uma série de alterações no corpo e no lado psicológico das mulheres.
Recentemente, casos de trombose venosa tem sido associados ao uso contínuo dos anticoncepcionais e embora as fórmulas já tenham evoluído muito, ainda há muita desconfiança em relação à segurança do método.
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