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O Enigma das Xícaras Envenenadas: A História da Envenenadora de Monserrat

O ressurgimento de um conjunto de xícaras traz à tona a sombria história de uma das primeiras assassinas em série da Argentina.

A descoberta de um simples pacote contendo um conjunto de xícaras e um bule pode parecer inofensiva à primeira vista. No entanto, para o argentino Martín Murano, esse pacote foi uma janela para um pesadelo do passado que ele jamais poderia esquecer. Guardado em uma caixa por mais de 40 anos, o conjunto pertenceu à sua mãe, Yiya Murano, uma mulher que ficou conhecida como a “envenenadora de Monserrat” e marcou a história criminal argentina como uma das primeiras assassinas em série do país.

As Xícaras Envenenadas

O conjunto de xícaras e bule que Martín Murano recebeu era uma herança de sua mãe, Yiya Murano. Contudo, esse aparentemente inocente conjunto foi utilizado por Yiya em pelo menos três ocasiões para envenenar suas amigas. A descoberta dessas xícaras reacendeu um caso que chocou a Argentina.

Conjunto de chá que Yiya Murano usou para matar suas vítimas.

 A Envenenadora de Monserrat

Yiya Murano, cujo nome completo era Mercedes Bolla Aponte de Murano, ficou eternizada na história criminal argentina como a “envenenadora de Monserrat”. Seus crimes vieram à tona em 1979, quando as filhas de Carmen Zulema Del Giorgio solicitaram uma autópsia após a morte de sua mãe. O porteiro do prédio havia relatado ter visto Yiya entrando no apartamento da vítima e saindo com um pedaço de papel e uma garrafa. A autópsia revelou a presença de cianeto no sangue de Del Giorgio.

 A Sombria Trama se Desenrola

Conforme os investigadores aprofundavam o caso, descobriram que Yiya Murano não era apenas uma envenenadora, mas também uma golpista habilidosa. Ela convencia amigos a lhe emprestarem dinheiro, prometendo multiplicá-lo no mercado financeiro. Dois casos semelhantes de envenenamento surgiram, com as vítimas sendo Nilda Gamba e Lelia Formisano de Ayala, ambas mulheres que haviam emprestado dinheiro a Yiya e que morreram pouco antes de Carmen Zulema Del Giorgio.

A descoberta dessas xícaras envenenadas e a história de Yiya Murano permanecem como um capítulo sombrio na história da criminalidade argentina, lembrando-nos da complexidade do ser humano e das profundezas da maldade que podem residir em alguns de nós.

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