Perigos do energético: Revisão científica revela novos malefícios do consumo exagerado
Estudo publicado na Frontiers in Public Health alerta para os riscos do consumo excessivo de bebidas energéticas, que vão além de problemas de sono e ganho de peso.
O consumo de bebidas energéticas vem crescendo em todo o mundo, especialmente entre jovens e adultos. Apesar de serem comercializadas como produtos que aumentam a energia e o foco, estudos científicos demonstram que o consumo exagerado pode trazer diversos malefícios para a saúde.
Uma revisão de estudos
Publicada recentemente na revista Frontiers in Public Health apresenta novos e alarmantes dados sobre os perigos do consumo excessivo de energéticos. Além dos já conhecidos efeitos negativos para o sono, ganho de peso e pressão arterial, a pesquisa indica que a bebida também está associada a:
- Vício: A combinação de cafeína, açúcar e outras substâncias estimulantes presentes nos energéticos pode levar ao desenvolvimento de dependência.
- Problemas de saúde mental: O consumo excessivo está associado ao aumento do risco de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais.
- Diabetes: O alto teor de açúcar nos energéticos pode contribuir para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
- Apodrecimento dos dentes: O ácido presente nas bebidas energéticas pode danificar o esmalte dos dentes, levando a cáries e outros problemas bucais.
- Danos no rim: O consumo excessivo de energéticos pode levar à insuficiência renal.
Causas e o papel do açúcar
As causas dos malefícios do consumo excessivo de bebidas energéticas ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, o açúcar é apontado como um dos principais responsáveis pelos efeitos negativos. As bebidas energéticas costumam conter uma altíssima quantidade do adoçante, chegando em até 54 gramas por latinha de 500 ml. Essa quantidade ultrapassa em muito as recomendações diárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica um consumo máximo de 50 gramas de açúcar por dia para uma dieta de 2000 kcal.