Ciência e Tecnologia

China lança a primeira rede de internet 10G do mundo

Projeto liderado pela Huawei em parceria com instituições chinesas cria estrutura inédita com capacidade de 1,2 Tb/s

Enquanto muitos países ainda expandem suas redes de fibra óptica convencionais, a China saiu na frente ao lançar oficialmente a primeira rede de internet 10G do mundo. Desenvolvida em colaboração entre a Huawei, a operadora China Mobile, a Universidade de Tsinghua e a Cernet Corporation, a nova infraestrutura representa um salto tecnológico significativo no plano nacional de inovação conhecido como FITI (Infraestrutura de Tecnologia da Internet do Futuro). A rede liga as cidades de Pequim, Wuhan e Guangzhou, cobrindo aproximadamente 3 mil quilômetros de cabos de fibra óptica de altíssima performance.

A China inaugurou a primeira rede de banda larga 10G do mundo — permitindo velocidades de download de até 10 gigabytes por segundo. - CPG Click Petroleo e Gas

Uma velocidade revolucionária: 1,2 Tb/s

A rede é capaz de atingir 1,2 terabits por segundo, o que equivale a transferir até 150 filmes em alta definição por segundo — um feito impressionante que demonstra o potencial transformador da nova estrutura. Segundo Wang Lei, vice-presidente da Huawei, esse é um marco não apenas técnico, mas também estratégico, pois demonstra a capacidade da China de desenvolver tecnologia de ponta de forma autônoma.

Soberania tecnológica e independência

Todos os componentes — tanto hardware quanto software — utilizados na construção da rede foram produzidos na China. Isso evidencia o objetivo do país de alcançar autossuficiência tecnológica, reduzindo sua dependência de fornecedores estrangeiros e fortalecendo sua soberania digital.

A Universidade de Tsinghua destacou que as tecnologias empregadas no projeto são 100% baseadas em propriedade intelectual chinesa, o que representa um modelo de excelência para futuras iniciativas estratégicas na área de telecomunicações.

Aplicações e impactos futuros

Embora a nova rede ainda não esteja disponível para o público residencial, seu uso inicial será voltado para:

  • Centros de pesquisa e universidades

  • Órgãos governamentais

  • Empresas de tecnologia e inteligência artificial

  • Laboratórios de big data e segurança digital

A expectativa é de que, futuramente, o avanço dessa tecnologia se estenda à robótica, medicina de precisão, computação em nuvem e cidades inteligentes.

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