Saúde e Bem Estar

Mão, Pé e Boca: o que é, sintomas, tratamento e formas de prevenção

Doença viral comum na infância pode causar aftas dolorosas e erupções na pele. Entenda como identificar, tratar e evitar a contaminação.

Você já ouviu falar da síndrome mão-pé-boca? Apesar do nome curioso, essa é uma infecção viral bastante comum, principalmente entre crianças pequenas, mas que também pode atingir adultos. Provocada por vírus da família Coxsackie, a doença costuma causar incômodos como febre, feridas na boca e erupções nas mãos e nos pés. Embora, em geral, seja considerada leve, ela exige cuidados para evitar complicações e a propagação do vírus. A seguir, veja tudo o que você precisa saber sobre essa doença.

DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA E HERPANGINA NA CRIANÇA, ORIENTAÇÕES PARA ESCOLAS - Creche Segura

O que é a síndrome mão-pé-boca?

O que é a doença mão-pé-boca e como tratar?

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral altamente contagiosa, que acomete principalmente crianças de até 5 anos, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. É causada por diferentes tipos de enterovírus, sendo o mais comum o vírus Coxsackie A16.

Ela recebe esse nome devido aos locais onde os sintomas aparecem com mais frequência: mãos, pés e boca. No entanto, também pode surgir em outras partes do corpo.

Principais sintomas

Os sintomas costumam aparecer entre 3 a 7 dias após o contágio. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Febre alta, principalmente no início;

  • Mal-estar e irritabilidade;

  • Feridas dolorosas na boca, língua e garganta (semelhantes a aftas);

  • Pequenas bolhas ou manchas vermelhas nas mãos, pés, nádegas e, às vezes, em outras partes do corpo;

  • Falta de apetite e dificuldade para engolir;

  • Em alguns casos, surgem também diarreia e vômitos.

As lesões cutâneas não costumam coçar, mas podem causar bastante desconforto, principalmente nas crianças menores.

Como é transmitida?

O vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido de diversas formas:

  • Contato direto com secreções da boca, nariz e fezes da pessoa infectada;

  • Toque em objetos e superfícies contaminadas;

  • Gotículas respiratórias (espirros, tosses);

  • Troca de fraldas sem higiene adequada.

A fase mais contagiosa ocorre nos primeiros dias de sintomas, mas o vírus pode continuar presente nas fezes por semanas após a recuperação.

Existe tratamento para mão-pé-boca?

Não existe um tratamento específico para combater o vírus. O tratamento é sintomático, ou seja, visa aliviar os sintomas até que a infecção passe sozinha, o que geralmente acontece entre 7 a 10 dias. Os cuidados incluem:

  • Uso de antitérmicos para febre (como paracetamol ou dipirona);

  • Alimentação leve e hidratação constante;

  • Analgésicos tópicos (com orientação médica) para aliviar a dor na boca;

  • Descanso e isolamento para evitar a transmissão.

É essencial manter a criança em casa até a melhora completa dos sintomas, principalmente das lesões visíveis.

Quando procurar um médico?

A maioria dos casos evolui bem, mas é importante procurar ajuda médica se houver:

  • Dificuldade para ingerir líquidos ou alimentos;

  • Febre persistente por mais de três dias;

  • Sinais de desidratação (boca seca, urina escura, apatia);

  • Aumento das lesões ou infecção aparente (pus, mau cheiro).

Formas de prevenção

Algumas medidas ajudam a evitar o contágio e disseminação da doença:

  • Higienizar bem as mãos, principalmente após trocar fraldas ou limpar secreções;

  • Desinfetar objetos e brinquedos compartilhados;

  • Evitar contato próximo com pessoas infectadas;

  • Ensinar as crianças a cobrirem a boca ao tossir ou espirrar;

  • Manter ambientes ventilados e limpos.

Conclusão: atenção redobrada com os pequenos

Embora seja uma infecção viral comum e geralmente leve, a síndrome mão-pé-boca pode causar bastante desconforto, especialmente entre os mais novos. Reconhecer os sintomas rapidamente e tomar os devidos cuidados ajuda na recuperação e evita surtos em escolas e creches. A boa higiene continua sendo a melhor aliada na prevenção!

Fonte: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria, CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

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