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Oruam se Defende de Acusações e Fala Sobre sua Evolução Pessoal

Mas até onde vai a liberdade de expressão na música? O debate entre arte, realidade e influência segue mais intenso do que nunca.

O rapper Oruam, um dos nomes mais comentados da cena musical brasileira, esteve no centro de uma polêmica recente ao conceder uma entrevista para Roberto Cabrini no Domingo Espetacular, da Record. Acusado de fazer apologia ao crime em suas músicas, o artista carioca negou as acusações e afirmou que apenas retrata a realidade das ruas.

Além de rebater as críticas, Oruam também fez uma reflexão sobre sua trajetória e reconheceu que precisa amadurecer em alguns aspectos da vida. Mas até onde vai a liberdade de expressão na música? O debate entre arte, realidade e influência segue mais intenso do que nunca.

Rap, Realidade e Apologia ao Crime: Onde Está o Limite?

Durante a entrevista, Cabrini confrontou Oruam com a questão: “Você faz apologia ao crime?”. Sem hesitar, o rapper respondeu:

“Não, eu canto a realidade. Para mim, não existe apologia ao crime.”

O jornalista então definiu apologia como incentivar alguém a cometer crimes. Oruam discordou e argumentou:

“Isso é falar para uma pessoa matar. Em nenhum momento eu nunca falei para uma pessoa matar. Eu nunca falei para uma pessoa roubar. Isso que é incentivar o crime! Eu falar de arma, eles colocam como apologia.”

A declaração levanta uma questão recorrente no mundo do rap: relatar a violência é o mesmo que incentivá-la? O gênero sempre foi um reflexo das dificuldades enfrentadas pelas periferias, denunciando a desigualdade e os desafios da vida nas comunidades.

A Influência da Música na Sociedade

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O debate sobre o impacto do rap na juventude não é novo. Há décadas, artistas enfrentam críticas sobre o conteúdo de suas letras, especialmente quando abordam temas como crime, violência e tráfico.

Rap como denúncia: Muitos rappers veem suas músicas como uma forma de contar suas histórias e mostrar a realidade das favelas, servindo como um grito de resistência.

A questão da influência: Críticos argumentam que a repetição de temas violentos pode influenciar ouvintes mais jovens, normalizando a criminalidade.

O ponto de vista legal: No Brasil, a apologia ao crime é considerada crime, mas a interpretação do que se encaixa nessa definição ainda gera controvérsias, especialmente no contexto da arte.

Oruam e sua Reflexão: “Preciso Ser Mais Homem”

Além de responder às críticas, Oruam aproveitou a entrevista para refletir sobre seu próprio amadurecimento. Ele afirmou que está buscando mudanças e deseja evoluir como pessoa:

“Preciso ser mais homem.”

A declaração sugere um momento de transformação na vida do rapper, que parece estar revendo sua postura diante das polêmicas e buscando crescimento pessoal e profissional.

Conclusão

A entrevista de Oruam reacendeu um debate fundamental: a liberdade de expressão na música tem limites? Enquanto alguns defendem o rap como uma forma legítima de denúncia social, outros acreditam que certas abordagens podem ser prejudiciais e influenciar negativamente o público.

Em meio a essas discussões, Oruam segue se posicionando e defendendo sua arte, ao mesmo tempo em que reflete sobre o futuro. O embate entre realidade, influência e responsabilidade artística continua, e essa conversa está longe de acabar.

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