Jovem Usará Dispositivos Tecnológicos para Bloquear Dor Crônica: Entenda o Caso de Carolina Arruda
Tratamento Inovador contra a Neuralgia do Trigêmeo em Alfenas
Carolina Arruda, uma jovem que sofre de neuralgia do trigêmeo, conhecida como a “pior dor do mundo”, há mais de 11 anos, passará por um tratamento inovador em Alfenas. A estratégia inclui a implantação de neuroestimuladores na medula espinhal e no Gânglio de Gasser para aliviar suas dores intensas.
Entendendo a Neuralgia do Trigêmeo
A neuralgia do trigêmeo é uma condição crônica que provoca dores extremas no rosto devido ao mau funcionamento do nervo trigêmeo, responsável por transmitir sensações do rosto ao cérebro. Carolina, de 27 anos, mãe de uma menina de 10 anos, começou a sofrer com as dores aos 16 anos, durante sua gravidez e recuperação de dengue. O diagnóstico veio há sete anos, após diversas intervenções que não trouxeram alívio significativo.
Tratamento Inovador com Neuroestimuladores
Segundo o Dr. Carlos Marcelo de Barros, diretor clínico da Santa Casa de Alfenas e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED), os neuroestimuladores são aparelhos de tecnologia avançada que podem bloquear a transmissão dos sinais de dor ao estimular o nervo afetado. No caso de Carolina, os dispositivos serão implantados na medula espinhal e no Gânglio de Gasser.
Este tratamento é raro e inovador, com poucos casos documentados mundialmente, mas as descrições dos resultados são promissoras. Carolina será submetida a um teste preliminar com injeção de anestésico local para determinar a origem exata da dor e decidir a abordagem definitiva, que pode incluir neuromodulação do Gânglio de Gasser.
Preparação e Processo de Ajuste
O implante dos neuroestimuladores está marcado para o dia 27 de julho. Até lá, Carolina continuará recebendo tratamento adjuvante na Clínica da Dor, preparando-se para o procedimento. Durante o implante, ela ficará acordada e não receberá sedativos para facilitar a adaptação aos dispositivos. Após o implante, haverá um período de ajuste, e dentro de uma semana, já será possível avaliar os resultados iniciais.
Esperança e Desafios
Carolina, que atualmente reside em Bambuí, no Centro-Oeste de Minas Gerais, continua sua luta contra a dor enquanto estuda medicina veterinária. Casada há três anos, ela espera que este tratamento traga alívio e melhore sua qualidade de vida, permitindo-lhe continuar suas atividades cotidianas sem o sofrimento constante que tem enfrentado.